OS 10 MANDAMENTOS DO CASAL

 I - Nunca irritar-se ao mesmo tempo. 

A todo custo evitar a explosão. 


Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. 


Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. 


É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. 


Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, e tristeza. 


Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. 


II - Nunca gritar um com o outro. 

Quem tem bons argumentos não precisa gritar. 


Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. 


Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... 


Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão. 

III - Se alguém deve ganhar numa discussão, deixar que seja o outro.


Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. 


Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. 


Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. 


Discussão no casamento é sinônimo de "guerra". 


"Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? 


É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. 


Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar. 

IV - Se for inevitável repreender, fazê-lo com amor. 


A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. 


Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. 


Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. 


Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. 


E ore pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. 


Peça a Deus que prepare o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. 


Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.

V - Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado.


A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. 


Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. 


É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. 


Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. 


Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. 


Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.

VI - A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge.


Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. 


A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. 


Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações. 

VII - Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo. 


"Não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Efésios 4,26) 


Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. 


Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. 


Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? 


O leite certamente azedaria. 


O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. 


Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso esforço e com a direção de Deus.

VIII - Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa


Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. 


Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. 


Isto tem um efeito extraordinário. 


É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. 


Muitas pessoas têm dificuldade neste ponto; algumas por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. 


Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", ... 


Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele. 

IX - Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas. 


Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesto consigo mesma e com o outro. 


Quando erramos não temos duas alternativas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. 


Isto é ser humilde. 


Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. 


Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. 


É nobre pedir perdão! 

X - Quando um não quer, dois não brigam. 


É a sabedoria popular que ensina isto. 


Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. 


Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. 


E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. 


Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. 


Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.


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