A REVOLTA DOS HERÓIS DA FÉ

Disseram os heróis da fé: Abraão:"Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer?" (Gênesis15.2). 

Jacó: "Não te deixarei ir se me não abençoares" (Génesis 32.26). 

Moisés: "Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria"(Números 11.15).  

Gideão: "Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito?" (Juízes 6.13). 

O espírito da revolta caracterizou a fé destes homens. 
O ser humano consegue suportar a pressão do sofrimento até um certo ponto, que é o seu limite. 
Inclusive, creio que Deus tem per­mitido ao ser humano chegar aos seus limites justamente para provocar a reação da fé. Porque o sofrimento desperta a revolta. 

A revolta desperta a fé. E a fé despertada produz efeitos imediatos.

Lembro dos detalhes das vezes em que experimentei a revolta da fé e suas respostas imediatas. 
Na primeira vez em que me revoltei na fé, o resultado foi a reviravolta na minha vida económica. 
Na segunda, o resul­tado foi o nascimento da Igreja Universal do Reino de Deus. 

Na terceira eu estava na África do Sul, onde as reuniões eram realizadas num porão de supermercado no centro de Joanesburgo.

O espaço era fétido devido à deterioração de restos de frutas e le­gumes jogados no lixo. 
Ratazanas e baratas dividiam aquele espaço com o povo. 
O pior de tudo era a falta de ar, porque não havia janelas. 

A área com­portava apenas 250 pessoas, mas a sede do poder da fé fazia com que este número se multiplicasse. 

Portanto, era algo quase insuportável. 
Se a saúde pública visitasse aquele porão, ele seria interditado imediatamente. 

Um dia, passando em frente a uma igreja anglicana, pude observar o edifício enorme e sua imponente arquitetura. 

Um local que, apesar disso, só abria duas ou três vezes por semana para meia dúzia de pessoas. 

Então, eu disse para Deus: É justo esta igreja enorme vazia e fechada enquanto o Teu povo, se­dento da Palavra, está naquele porão como sardinha em lata? Será que o Senhor não consegue ver isto?

Dois anos mais tarde, naquele mesmo local, construímos a primei­ra grande catedral de toda a África. 

Deus respondeu fazendo Sua justiça prevalecer. 

Mas a pergunta é: por que Ele não fez aquilo antes, já que está­vamos naquele lugar há tanto tempo? 

Porque, até onde eu sei, não havia s do despertada a revolta da fé! 
Normalmente, pensa-se que a fé no Senhor Jesus é suficiente para alcançar Suas bênçãos.

Mas não é! Não basta ter fé em Deus! É preciso agir esta fé! 
A ação da fé é que produz resultados. 

Várias vezes o Senhor Jesus livrou pessoas :e seus males e depois disse: "(...) a tua fé te salvou", conforme lemos em Mateus 9.22, por exemplo.

Ou seja, Ele atribuiu o milagre à atitude de fé daqueles a quem livrou. 
Isto significa que o que salva é a atividade da fé, não a fé inativa, sem atitude.