FÉ,REVOLTA E SACRIFÍCIO
Fé,
revolta e sacrifício são a essência da vida com Deus. Em
um mundo injusto, com tantas desigualdades, só a fé é capaz de garantir a vida. Sem ela, somos atormentados por dúvidas e temores, hesitantes, um sal sem
sabor; uma nuvem sem água, vagando pelos céus; uma onda do mar levada pelos
ventos; um morto vivo.
Naturalmente, a fé causa uma revolta contra isso tudo e constrói com sacrifício a vitória derradeira. Esse caminho estreito e apertado foi o que Deus traçou para o surgimento da Igreja Universal.
A Igreja Universal não surgiu com a deliberação de uma assembléia de homens ilustres, ou de um conselho diretor ou de uma fundação de notáveis. Nem tão pouco foi subsidiada, patrocinada, bancada por recursos do Governo ou de um milionário caridoso. Essa igreja é a resposta simples, direta e fiel de um Deus que honra a fé, a revolta e o sacrifício.
A frase, “eu não vou ficar com raiva de Deus. Eu vou ficar com raiva do diabo”, marca a revolta da fé. Se ficasse com raiva de Deus, seria a rebelião. E o resultado, um oceano de fracasso, um Himalaia de frustração. Os rebeldes culpam a Deus pelos infortúnios da vida. A rebeldia tem formas distintas e sutis de se manifestar.
Alguns rebeldes afrontam os mandamentos, desafiando a Deus com seus pecados e crimes. Outros manifestam uma indiferença fria e distante com as coisas de Deus, fazendo da própria vida um imenso desperdício de tempo e uma triste história de mediocridade. Há também os fariseus, que são os rebeldes de igreja, que conhecem a Palavra, mas não a pratica.
Abraão foi revoltado quando vagava no deserto, esperando a promessa que demorava a chegar. No entanto, nunca se rebelou. Moisés se revoltou com a escravidão do seu povo como Josué se revoltou quando na terra prometida encontrou muralhas e gigantes.
Mas não foram rebeldes. Davi se revoltou contra as afrontas de Golias. Jó, o mais revoltado de todos, que no ápice do seu sofrimento amaldiçoou o dia em que nasceu, jamais se rebelou. Ele continua a ser, através dos tempos, o mais veemente exemplo do que um homem é capaz de suportar e vencer quando movido por sua fé. E foi no seu sacrifício que Deus lhe restituiu sete vezes mais.
A vida do justo não é a vida do convento, do mosteiro no alto do monte, da santidade absoluta. É a vida da fé, das lutas do dia a dia na planície da vida. Com suas virtudes e defeitos, injustiçado e perseguido, como ovelha entre lobos, que às vezes chora, mas sabe que será consolado, que tem sede e fome de justiça e crê que será saciado.
Gente simples e humilde com todas as veras da sua alma. Que põe a mão no arado e não olha para trás, custe o que custar, doa o que doer. Que não se apequena, que não se acovarda. Filhos da fé, da revolta e do sacrifício.
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