ESTUPRADAS EM NOME DE DEUS


As notícias diárias sobre o Estado Islâmico (EI) continuam assustando, principalmente porque os terroristas do grupo destroem, queimam, matam e até estupram em nome de Deus. 
Isso mesmo, em nome de Deus.

As vítimas, de todas as idades, até mesmo crianças, são, na maioria dos casos, pertencentes a religiões diferentes do Islã. 

As lideranças do EI enfatizam uma leitura seletiva do Alcorão para justificar a violência, afirmando que não apenas o livro lhes dá o direito de estuprar, mas também de perdoar as infiéis e encorajar as jovens. 

Para eles, cada ataque sexual é um ato espiritualmente benéfico e honesto. 

Em uma entrevista concedida ao jornal The New York Times, uma moça de 15 anos – capturada no Monte Sinjar há 1 ano e vendida a um combatente iraquiano na faixa dos 20 anos –, que não quis que a sua identificação fosse revelada por causa da vergonha associada ao estupro, relata os momentos de terror vividos por ela. 

Leia abaixo alguns trechos da entrevista: 

"Toda vez que ele vinha me estuprar, ele rezava. Ele me dizia repetidas vezes que isso é 'ibadah'", diz ela, usando um termo das escrituras islâmicas que significa adoração. "Ele dizia que me estuprar era a sua oração para Deus. Eu disse para ele: 'O que você está fazendo comigo é errado, não deixará você mais próximo de Deus.' E ele disse: 'Não, é permitido'", acrescenta a adolescente, que, graças a ajuda de um grupo de contrabandistas, conseguiu escapar em abril da escravidão.



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