OS DOIS TIPOS DE FÉ


Até o presente momento, são conhecidos apenas dois tipos de fé: natural e sobrenatural.

A fé natural caracteriza-se pela autoconfiança, que, de um modo geral, nasce com o homem.

Ela se desenvolve à medida que a pessoa amplia os seus conhecimentos.

Essa fé natural se evidencia nas mínimas atitudes que tomamos a cada momento na vida.

Quando nos levantamos pela manhã, por exemplo, inconscientemente manifestamos a fé natural, pois cremos que os pés suportarão o peso do nosso corpo. 

Quando tomamos uma condução, seja qual for, cremos, naturalmente, que chegaremos ao destino desejado.

Não surge em nós, nesse momento, qualquer dúvida quanto à capacidade das pessoas que conduzirão o meio de transporte que escolhemos.

Esse tipo de fé também faz-se presente quando, ao executar um trabalho, acredita-se no pagamento do devido salário ao final do mês. 

Quando o agricultor planta a sua semente, ele está manifestando fé natural, pois crê que no tempo apropriado colherá os seus frutos.

O paciente precisa da fé natural para se tratar com o seu médico.

O médico, por sua vez, também necessita da fé natural para assistir o seu paciente.

Pois como poderia receitar um determinado tratamento se ele mesmo não cresse no poder curativo do mesmo? Assim é com o dentista, o advogado; enfim, com todos. 

 Em tudo na vida, quer seja de forma direta ou indireta, existe uma manifestação natural de confiança. Ela é tão importante para a vida humana quanto o oxigênio, a água, a terra, o sol.

Obviamente, a maioria das pessoas não se dá conta disso.

Mas, mesmo assim, são dependentes da fé natural para viver.

A despeito daqueles que não creem em Deus ou que simplesmente O ignoram, ainda assim, necessitam a cada instante desse poder natural que vem dEle. 

Enquanto a fé natural conduz a pessoa à crença de que o conhecimento da ciência produz desenvolvimento, a fé sobrenatural faz a pessoa crer que tudo o que Deus tem prometido na Sua Palavra será cumprido na íntegra, independentemente das circunstâncias.

A fé sobrenatural está acima da fé natural e até da própria razão. Não existe uma explicação razoável para esta fé, apenas que ela "é a certeza de coisas que se esperam; a convicção de fatos que não se vêeem" (Hebreus 11.1). 

Exemplo disso foi quando o Senhor Jesus ordenou à figueira que nunca mais produzisse figos. 

Ele falou com algo que não tinha ouvidos. 

Talvez alguém diga: Jesus é Deus e poderia tê-la feito ouvir. 

Então, qual a justificativa para Abraão, que foi capaz de levar o seu único filho para o sacrifício? 

E quanto a Moisés, que, diante do mundo, foi considerado louco por abandonar o trono do Egito, o maior e mais avançado país da época, para se sujeitar a viver na fé de seus pais? 

E Josué, que teve uma fé louca e audaciosa que o levou a ordenar ao sol que se mantivesse retido? 

A fé sobrenatural não dá a mínima importância às situações adversas. 

Ela é imbuída de autoridade suprema e, quando se manifesta, o que não existente passa a existir. 

Por isso o Espírito Santo, por meio do apóstolo Paulo, afirma que a palavra da cruz é loucura para os que se perdem e que aprouve a Deus salvar os que creem, pela loucura da pregação. 

Em outras palavras, a fé sobrenatural é loucura para os que vivem segundo a fé natural. 

Ela é para a manifestação da grandeza do Todo-Poderoso na Terra.


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