A ÁGUA QUE MATA SEDE PARA SEMPRE


Para entender o porquê do espanto da mulher Samaritana quando Jesus falou com ela e ainda lhe pediu água, é preciso compreender que naquela época existia uma rivalidade entre judeus e samaritanos iniciada, mais precisamente, a partir da divisão de Israel em reino do norte e reino do sul, logo após a morte do rei Salomão. 

Em decorrência dessas divergências, as cidades de Samaria eram consideradas impuras pela classe religiosa judaica, por isso, além de os judeus não passarem por elas, não se serviam de alimentos dessas regiões. 

E se não bastasse a rixa entre os dois povos, ainda por cima não era comum um homem falar com uma mulher publicamente. 

“Um judeu, mesmo sedento, jamais receberia água das mãos de um samaritano, ainda mais se fosse uma mulher de má reputação! 

Por esse motivo, ela se surpreendeu com o pedido de Jesus. 

Ele não enxergou a religião, a etnia, o comportamento ou a reputação dela, e sim sua alma aflita e desprezada, que viu naquela ocasião a chance de transmitir à samaritana o ensinamento da Verdade sem repressões ou acusações”. 

A SEDE QUE ELA TRAZIA NA ALMA

Aquela mulher trazia uma sede dentro de si, que nada era capaz de saciar. 

E nessa busca desenfreada para matar essa sede, ela se envolveu em inúmeros relacionamentos amorosos. 

No entanto, em nenhum deles conseguiu achar o que procurava, nem mesmo no que ela estava vivendo atualmente. 

Naquele diálogo, Jesus usou a água para fazê-la entender o que ela realmente precisava.

E em um primeiro momento ela pensava que Ele estava falando da água do poço. 

“Por isso que ao pedir que chamasse o seu marido, o Senhor Jesus estava tocando na consciência dela fazendo-a perceber seu estado de infelicidade e de dor. 

O Salvador mostrou também que conhecia seu coração e seu passado, mas estava pronto para socorrê-la e oferecer-lhe o Dom de Deus que é a vida eterna”. 

ALEGRIA PASSAGEIRA 

A exemplo da mulher samaritana estão muitos que buscam no mundo e em seus prazeres uma solução para sua infelicidade. 

Mas essa “água” que o mundo oferece não passa de uma alegria passageira, repleta de desilusões e sofrimentos. 

Já a Água Viva (Jesus) proporciona satisfação plena, eterna e perfeita. 

O encontro de Jesus com a mulher samaritana revela também que as oportunidades de levar a Salvação aos perdidos estão nas situações mais comuns do dia a dia. 

E ao receber da Água da Vida ela reconheceu a necessidade de levar outros a beberem dessa mesma Água, e foi o que ela fez imediatamente, ao deixar o seu cântaro e ir anunciar o Senhor Jesus aos demais samaritanos. 

“Isso mostra que uma das características mais marcantes no convertido é o seu amor espontâneo pelas pessoas, isto é, o desejo de fazer pelos outros o mesmo bem que um dia foi feito por ele”.

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